sábado, 15 de junho de 2013

Alopex lagopus


A raposa-do-ártico (Vulpes lagopus, sinônimo Alopex lagopus), também conhecida como raposa-branca, raposa-polar ou raposa-das-neves, é uma pequena raposa nativa das regiões árticas do Hemisfério Norte e é comum em todo o bioma de tundra ártica.


A raposa-do-ártico vive em alguns dos extremos mais frios do planeta. Entre as suas adaptações para a sobrevivência no frio estão a sua pele grossa e profunda, um sistema de troca de calor contracorrente na circulação das patas para manter a temperatura, e uma boa fonte de gordura corporal. Possui uma audição muito apurada, que permite localizar precisamente a posição da presa sob a neve. Quando encontra a presa ela se lança sobre a neve cavando para capturar a presa. Sua pele muda de cor de acordo com as estações do ano: no inverno é branca para se camuflar na neve, e no verão, é marrom.


A Raposa do Ártico além de ser um dos mais belos animais das regiões geladas da Terra é também o que apresenta a mais fantástica integração com o meio hostil onde vive cujas temperaturas chegam aos -50º C. Sente-se completamente à vontade e adaptada tanto no verão quanto no inverno e consegue criar os filhotes que, aliás, não são poucos com um sentido de família altamente desenvolvido.



No folclore escandinavo, acreditava-se que as raposas-do-ártico provocavam a Aurora Boreal, ou Luzes do Norte, que brilham no céu noturno. Em finlandês, a antiga palavra para Aurora Boreal era "revontulet", que significa fogo da raposa.



É Preciso Aprender a Amar

Que se passa para nós no domínio musical? Devemos em primeiro lugar aprender a ouvir um motivo, uma ária, de uma maneira geral, a percebê-lo, a distingui-lo, a limitá-lo e isolá-lo na sua vida própria; devemos em seguida fazer um esforço de boa vontade — para o suportar, mau-grado a sua novidade — para admitir o seu aspecto, a sua expressão fisionômica — e de caridade — para tolerar a sua estranheza; chega enfim o momento em que já estamos afeitos, em que o esperamos, em que pressentimos que nos faltaria se não viesse; a partir de então continua sem cessar a exercer sobre nós a sua pressão e o seu encanto e, entretanto, tornamo-nos os seus humildes adoradores, os seus fiéis encantados que não pedem mais nada ao mundo, senão ele, ainda ele, sempre ele.
Não sucede assim só com a música: foi da mesma maneira que aprendemos a amar tudo o que amamos. A nossa boa vontade, a nossa paciência, a nossa equanimidade, a nossa suavidade com as coisas que nos são novas acabam sempre por ser pagas, porque as coisas, pouco a pouco, se despojam para nós do seu véu e apresentam-se a nossos olhos como indizíveis belezas: é o agradecimento da nossa hospitalidade. Quem se ama a si próprio aprende a fazê-lo seguindo um caminho idêntico: existe apenas esse. O amor também deve ser aprendido.

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

Fosfeno